Sexta-feira da Paixão será marcada por atos simbólicos na histórica Sabará

As cerimônias religiosas da Semana Santa são uma tradição secular nas cidades históricas. Mas, devido à pandemia de coronavírus, eles estão sob escrutínio. Em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), apresentações e desfiles foram cancelados pelo segundo ano consecutivo.

Aproximadamente 15.000 residentes urbanos se reuniram durante este período, e o turismo religioso varreu hotéis e pousadas. Apesar do cancelamento do evento, a cidade ainda realizará atos simbólicos para preservar a memória emocional e histórica. Às 4 horas da Sexta-Feira Santa, houve o desfile do centenário.

Através do desfile do centenário, saíram da igreja de São Francisco e chegaram à igreja do Senhor Bom Jesus, o ponto mais alto do centro histórico. Além de ter um importante significado religioso, também foram realizadas apresentações de palco, tornando todas as celebrações uma ocasião especial.

Nesta sexta-feira (2/4), para relembrar a centenária procissão que ocorria de madrugada, às 7h30, uma fumaça roxa será lançada no lado externo da Capela do Senhor Bom Jesus. O objetivo é fazer alusão à onda roxa no qual a cidade está atualmente e conscientizar a população ao momento crítico da Pandemia. Outro ato simbólico é a luz roxa que, desde o Domingo de Ramos, ilumina o Teatro Municipal. A cor simboliza o luto pelo sofrimento de Cristo e também faz referência à onda roxa do Minas Consciente.

O local continuará iluminado até o próximo sábado (3/4).  Para o prefeito Wander Borges, essas ações visam manter viva a memória e também esperançar a comunidade.   “Apesar de singelas, as ações têm um significado muito forte. A Semana Santa em Sabará sempre nos reservou momentos para fortalecermos a nossa fé. Nesse momento crítico, mais do que nunca, precisamos ter esperança de que, assim como nossas tradições, a fé vai prevalecer”.