Corpus Christi: Tradição de Sabará faz Tapete com cascas de jabuticaba

Os tapetes Corpus Christi têm uma tradição centenária. Na histórica Sabará, a 20 quilômetros de Belo Horizonte, foram criados pelo artista plástico Gelson Dantas, que criou desenhos e ajudou a comunidade a preencher materiais coloridos.

Durante a pandemia deste ano, as pessoas descobriram o tapete de Dom Pedro II por meio de um sistema de passagem para evitar multidões. Jabuticaba é uma árvore tão importante na cultura sabarense que aparece no maior tapete da cidade. Sua casca é responsável por colorir a pintura.

O tapete especial estava na Praça Santa Rita mede 80m² e trouxe uma mensagem de esperança à população em relação à COVID-19. Nele estava escrito: “Esta luta vamos vencer”. “Se Deus quiser no próximo ano a gente fará um tapete com outros dizeres e comemorando que acabou a pandemia”, disse Geilson, que participa da criação dos desenhos em Sabará desde 2014.

O artista é potiguar, tem 51 anos e chegou a Sabará para trabalhar como engenheiro em uma mineradora. Os variados desenhos são criados com pó de serragem, pó de café, sal e cal, e colorem as vielas de pedra do Centro Histórico. Mas Geilson usou, dessa vez, um ingrediente pra lá de especial aos sabarenses: a casca de jabuticaba desidratada.

A jabuticaba é a fruta mais tradicional em Sabará. É tão importante para a cidade que tem uma festa especial no mês de novembro. Este Festival ganhou título de Patrimônio Imaterial do município.

Atualmente, existe uma lei municipal que oferece descontos nos impostos territoriais para quem preserva uma jabuticabeira no quintal de casa.

O objetivo é preservar o produto local que gera renda aos moradores no período da colheita. Neste ano, a típica iguaria contribuiu para deixar as ruas coloridas e manter a tradição na cidade.

Via: Estado de Minas